sábado, 30 de janeiro de 2010
BREVE HISTÓRICO DO CARNAVAL DE ARACATI
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
ANDRÉ GURGEL
domingo, 17 de janeiro de 2010
O INÍCIO DE UMA NOVA ERA - BANDA "OS ESPACIAIS"
- Zé Cláudio(bateria)
- Zé Ananias(contra-baixo)
- Dé (guitarra base)
- Netinho(guitarra solo)
- Gustavo Giló( crooner)
O empresário da época era José Milton Ponciano.
No dia 7 de Setembro de 1969, no Aracati Clube, eles fizeram sua primeira festa iniciada com a música instrumental Mr. Charles, do The Pop. Para o sucesso desta festa devemos ressaltar que o primeiro contra-baixo utilizado, com maestria desta ocasião por Zé Ananias, foi confeccionado pelo Sr. Deca Giló, pai de Gustavo. Um outro fato interessante é que Tio Bruno do Sax emprestou um violão elétrico para eles tocarem.
Antônio Manoel foi o primeiro vocalista.
Mudanças
Durante esses decorridos anos aconteceram várias mudanças no quadro de pessoal, o conjunto evoluiu muito. Tiveram como baterista: Zé Cláudio, Manoel Giló, que teve uma brilhante passagem, mas por motivos profissionais foi substituído por Ubiatá Espínola, o popular Tatá, Flavinho Zaranza. Todos os componentes davam sua parcela de contribuiçao.
Como cantor, com uma particularidade em especial, destacamos o saudoso Dé, que era o cantor exclusivo de músicas internacionais e Gustavo Giló era o crooner oficial do conjunto. Com a saída de Zé Ananias e decorrente passagem de Gustavo Giló para o contra-baixo, surgiram outros crooners. o primeiro contratado foi Wagner, depois veio Kekete, Crisanto Damasceno, que por motivos escolares foi obrigado a deixar o grupo, Carlinhos Granjeiro, Fernado, Isac Fernandes, Carlinhos Kayã, os irmãos Juscelino e Luciano Sobreira.
O teclado teve início com Edmilson, logo quando foi comprado o primeiro órgão elétrico. Em seguida vieram; Wagner, Paulo de Zefinha, Herbeth Giló e Ivanildo Soares.
Como auxiliares no conjunto trabalharam; Zuruka, que também foi percussionista, Kalú, Neguinho, Carlinhos de Careta, Raposa, Carôcha e Púpú.
Os grandes bailes
Quem já foi a um baile desta banda sabe do que estou falando. Ela ficou marcada por ser versátil, prá definí-la com uma palavra, eu diria talento, versatilidade seria o seu sobrenome. Um estilo único de tocar tudo e executar maravilhosamente bem todos os ritmos. Era a maior banda-baile de toda a região.
CURIOSIDADES
- O nome "Os Espaciais" foi uma homenagem à época espacial, quando os americanos pisaram pela primeira vez na lua.
- Na ocasião de inauguração do órgão elétrico da banda, no programa Edmundo Souza na rádio Rio Jaguaribe, em meados de 1970, nesta época Netinho já era o baterista dos Espaciais. Esse programa era apresentado nas manhãs de domingo e era ao vivo, para esta festa ele contratou vários calouros e um outro conjunto chamado de "Os Gatos Bichanos", composto por: Carlos Alberto (Bigudo), Paulo de Zefinha, Luís Fernando e Edmilson. O primeiro organista dos Espaciais foi Oliveira. Até aí tudo Ok, mas lá atrás tinham doces e um bolo que eram para serem distribuídos para a meninada, num vire e meche a festa acontecendo, quando no finalzinho o Sr. Edmundo Souza foi atrás das guloseimas para serem distribuídas... Pior que ele tinha ido tarde demais à procura, pois Netinho Ponciano já havia comido o bolo e Os Gatos Bichanos os doces, aí não teve mais festa.
- Curiosamente quase 38 anos após o lançamento da banda, surgiria uma nova banda na cidade chamada "Geração 60" com alguns músicos remanescentes da formação original dos Espaciais, só que foi adiado em virtude do falecimento de Gustavo Giló.
- Até então foi o primeiro "conjunto" de Aracati, haja vista que antes só haviam orquestras como a de Chiquinho de Eurípedes e algumas charangas, fanfarras...
- É notável a contribuição dos Espaciais no âmbito cultural e suas respectivas influências na sociedade. Naquela época as pessoas mais velhas iam para festas, isso mesmo, somente os adultos iam as festas, nada de crianças ou adolescentes, e este público não gostava muito ainda deste novo "tipo de sonoridade", as festas como conhecemos hoje na nossa cidade foram frutos de anos de trabalho ardúo, para se chegar ao atual.
OUTROS MÚSICOS QUE JÁ PASSARAM PELA BANDA :
BATERIA
Wellington, Aluísio, Marcelo, Marquinhos, Wyglafe, Túlio, Leudinho
PERCUSSÃO
Zuruka, Alexsandro, Marcílio(macaquinho), Franklin, Totô, Marcelo, Gilson, Assizinho, Tomaz, Bibil, Cigano
GUITARRA
Renato, Vianilson, Raimundo
TECLADOS
Wagner, Edmilson, Ivanildo Soares, Flaviano, Max, Aleandro, Neto Lopes, Laniére Porto, Jair dos Santos, Luciano Mello.
CONTRA-BAIXO
Artur Mirón, Totô, Paulo, Flavinho, Frank
ACORDEON
Maninho do acordeon, Rafael
SAX
Geraldo, Sandro Guimarães, Helison
CANTORES
Viviane Silva, Elvis, João Marcos, Vavá, Márcio Martins, Rafael Pereira e Paulo Victor
CANTORAS
Ana Célia, Jaqueline, Taty Girl, Silmara
Obs: Este texto escrevi de acordo com uma pesquisa que fiz com algumas pessoas, já que não havia nada escrito sobre essa banda, então é somente baseado no relato das pessoas.
Fica aqui minha homenagem a esta banda que fez história no Aracati.
MUITO OBRIGADO ESPACIAIS!!!
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
ALDECÍLIO GARCIA
Dizem que recordar é viver, se for verdade acho que vou viver mais de 100 anos. Nesta minha postagem de hoje gostaria de homenagear uma pessoa que teve suma importância no desenvolvimento artístico/cultural/
educacional no nosso município de
Aracati. Falo de Antônio Aldecílio Garcia Teobaldo, o famoso Aldecílio Garcia.
Nasceu a 28 de fevereiro de 1959, na cidade de Aracati, estado do Ceará. Filho de José Teobaldo de Oliveira e Francisca Garcia Teobaldo, estudou no Colégio Marista de Aracati. Exerceu a profissão de funcionário público,casando-se no dia 27/12/1983 aos 24 anos com Francisca Verônica da Silva. Exerceu também as funções de Radialista,
Professor e Mestre de Cerimônias. Poeta, Aldecílio também foi um incentivador do estudo e valorização da cidade de Aracati. Pouca gente sabe, mas ele também compunha música, em parceria com o grande Monteiro Roland fez uma das músicas mais belas do nosso cancioneiro popular, Minha Musa.
MINHA MUSA
(Monteiro Roland e Aldecílio Garcia)
Olhe-me com alegria enorme porque volto a te ver
Sorri porque vi meus olhos brilharem pelo brilho dos teus
Com um olhar vi no fundo de tu' alma que ela ansiava me encontrar
E ouvi um coração que batia desesperado
E talvez apaixonado ou quem sabe num ritmo acelerado
De suas batidas buscassem o tom ideal para te adorar
(solo)
E nessa música minha musa inspiradora procuro te conquistar
Prá tornar reais meus versos e prá sempre, prá sempre te amar
Com um olhar vi no fundo de tu' alma que ela ansiava me encontrar
E ouvi um coração que batia desesperado
E talvez apaixonado ou quem sabe num ritmo acelerado
De suas batidas buscassem o tom ideal para te adorar
(solo)
E talvez apaixonado ou quem sabe num ritmo acelerado
De suas batidas buscassem o tom ideal para te adorar
Para te adorar, para te adorar
Como professor lecionou no Instituto Waldemar Falcão, no Colégio Marista, na Escola Pompeu Costa Lima Filho, na Escola Helenita Gurgel Valente e na Escola de Ensino Fundamental e Médio Beni Carvalho, pode-se dizer que ele que deu o pontapé inicial para esse show que hoje é feito em todas as escolas mesclando músicas de vários idiomas conhecido por "Show de línguas". Destacou-se ainda como radialista e desportista, havendo sido treinador de equipes de futebol de Aracati.
Recordo com muita alegria o incentivo que ele me deu no começo da minha carreira.
Por volta de 1999-2000 ele fazia um programa na Maré Alta Fm, chamado "Sala de Visita", eu acho, que era mais uma forma de levar entretenimento e música de qualidade na hora do almoço, lembro que tocava muito MPB, mas ele sempre me levava para falar da minha carreira, dos meus projetos.
Em meados de Abril de 2000, em volta das comemorações dos 500 anos do descobrimento do Brasil, aqui em Aracati fazíamos as nossas festividades em alusão a esta data importante. No Instituto São José tive o previlégio de organizar o musical Brasil 500, onde tocávamos principalmente músicas do período da ditadura militar, no colégio Marista não foi diferente, organizou-se também um grande show e eu, mesmo estudando em outro colégio, tive a honra de ser convidado para cantar nesse show com a banda Mariama, que era banda da escola e o Aldecílio Garcia brincava muito comigo, pois nessa época eu usava um caichinho na minha testa e ele dizia que era o "pega-moça" e me chama de "Elvis".
Esses, até onde me recordo, foram os nossos últimos contatos, quando em Agosto de 2000, no começo da campanha política, fomos tocar na Vila São Cristóvão em frente a casa de um familiar dele e encontrei com seu irmão, Carlos Garcia e perguntei por ele, ao qual o mesmo me dise que havia falecido. Naquela hora não acreitei, pensei até que fosse brincadeira de mau gosto, e quando vi que era realidade fiquei muito triste.Faleceu dia 3 de agosto do corrente ano em Fortaleza.
Mas como diz a canção " O show tem que continuar" e naquela noite tocamos lá e dedicamos não só o show a ele, mas tocamos num improviso uma música para homenageá-lo, cantamos gostava tanto de você e assim nos despedimos dele naquela noite...
Do profissional ficou a lembrança da competência, da determinção e do profissionalismo acima de qualquer coisa.Do amigo o exemplo de companheirismo, seu espiríto de ajuda e preocupação com o próximo. Do pai o exemplo de amor e de querer bem, da doação e entrega por sua família.
Este sempre foi o nosso querido e amado Aldecílio Garcia, pai, poeta, amigo, professor, radialista, compositor, desportista mas acima de tudo um aracatiense que amou muito a sua cidade e todo o seu povo. Hoje lembramos com muita saudades do maior jogador de time de botão, o torcedor mais ilustre do Guarani. Deus te tenha num bom lugar meu amigo! SAUDADES!!
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
COMO TUDO COMEÇOU....
Mas voltemos a mim e a minha infância, onde tudo começou! Meus brinquedos sempre foram algo relativo á música. Mas o primeiro brinquedo que ganhei do meu pai, foi uma guitarrinha de madeira, passava horas tocando nela e com ela fizemos a nossa primeira bandinha lá no fundo do quintal da casa do meu amigo Átila. Era muito engraçado, pois cada menino tinha o seu "instrumento" aqueles que não tinham faziam na improvisação o seu. Eu tinha já a minha guitarra, na mesma época o meu primo Franklin tinha ganhado também um cavaquinho muito parecido com um de verdade, o André cantava e tinha uma flauta doce, o Átila que tocava bateria montou a sua "Personal Drums", ou seja, uma bateria com seu jeito, então eram baldes de tinta como tons, lata de lixo como pedal, pedaços de zinco como pratos, tambor da sucam como surdo e etc... Sem contar que a galerinha que tocava percussão tinha sua percussa feita com tambores de gasolina, de óleos de motor de carro e corriam atrás de umas cabras que andavam soltas na rua para tirar o chocalho para fazer Cowbel para tocarem e ainda faziam carrilhão com uns pedaços de antena de televisão amarrados num pedaço de madeira com nylon... Quando a gente se juntava só não fazia chover por que as nuvens eram muito altas para a gente... Chegávamos a tocar uma manhã inteira, só parávamos para almoçar e porque nossas mães vinham nos buscar na base do grito ou da chinela...
Nossa maior felicidade era ver uma casa em construção, porque aí nós subíamos em cima daquelas pilhas de tijolos e fazíamos de conta que estávamos tocando em cima de um trio elétrico na Rua Grande e víamos a multidão seguindo a gente, sonho esse que era desfeito principalmente quando o dono da casa dava aquele grito: - Desçam daí seus moleques, vão quebrar meus tijolos! Aí nessa hora voltávamos para o nosso mundo real e eram pernas para que te quero...
É minha gente, esse era o nosso Aracati por volta de 1989 e 1990! Tive dois grandes sonhos da minha infância; Ser lutador de Karatê e músico. Demorou muito eu convencer meu pai a me deixar praticar Karatê, quase em frente a nossa casa havia uma escola karateka que funcionava numa garagem da família Pinheiro, atrás do grande casarão da Rua Grande, no dia em que fui decidido a me matricular ela fechou. Percebi não só por isso, mas por outras vezes que tentei outras coisas, que eu perseguia a música e ela me perseguia. Mas como músico na infância eram dois outros grandes sonhos:
1- Tocar no carnaval de Aracati. Esse sempre foi meu maior sonho, tocar para o meu povo, minha gente... Alegrá-los e dar o melhor de mim para a minha cidade
2- Tocar na banda Os Espaciais.
Aqui faço um comentário à parte. Os Espaciais foi a banda que mais me influenciou e deixou marcado um estilo que trago até hoje comigo. Lembro que eles ensaiavam em frente à casa da minha tia Jarina, grande era o meu fascínio por essa banda que me deixava o ensaio quase todo de boca aberta tentando entender aquilo tudo. O que falar de uma banda que já teve Aldemir Ponciano (empresário e técnico de som), Netinho (guitarrista), Gustavo Giló (contrabaixo), Paulo Roberto e Herbeth (teclados), Wellington, Tatá, Aluízio, Manoel Giló, Flavinho Zaranza como bateristas, Zuruka (percussão), Isac Fernandes, Luciano e Juscelino Sobreira e Calinhos Baliza como cantores?
Para mim ser músico era exatamente aquilo. Os Espaciais eram uma banda completa não só em termos de musicalidade ou de componentes, mas sim porque eles tocavam tudo e muito bem! Sempre encerravam as festas com um som maneiro do Pink Floyd, mas tocavam anos 60, que eram o seu carro-chefe, lambada, reggae, forró, internacional, Mamonas Assassinas, rock e etc... Isso como já havia falado me marcou profundamente, tenho até hoje essa visão que o músico para ser bom tem que beber em todas as fontes e não se bitolar a um só estilo como muitos "grupos de seresta" ou "bandas" fazem por aí, músico para mim significa versatilidade e se adequar a improvisações ou algo não planejado...
Por isso meu maior sonho sempre foi fazer parte desta banda. Costumo sempre dizer que quem espera em Deus nunca cansa e no ano de 2006, uns 17 anos depois desse meu sonho de infância, matei dois coelhos com uma paulada só! Não só entrei para essa banda, que infelizmente já não contava mais com essa formação original, mas cantei no carnaval de Aracati e graças a Deus foi um sucesso! Meu primeiro ano na avenida e todo mundo tinha gostado de mim cantando e para mim houve um prêmio maior, o Isac Fernandes, grande amigo e grande cantor da formação original, chegou até a mim e me deu os parabéns e comentou que tinha gostado muito da minha apresentação, mas me deu dicas para com os elogios não relaxar e tentar sempre fazer o melhor.
Isso é um pouco da minha história, como tudo começou. Através deste blog vocês terão acesso a muitas outras informações e espero que vocês gostem. Um abração e até o próximo Post!!!